A castanha-do-Pará, ou castanha-do-Brasil é a semente da castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa) uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa da Floresta Amazônica. Ela ocorre em árvores espalhadas às margens do Rio Amazonas, Rio Negro, Rio Orinoco, Rio Araguaia e Rio Tocantins.
Embora tenha nomes tipicamente brasileiros, sendo chamada no exterior de “Brazil nut”, ela está presente nas Guianas, Venezuela, Brasil, leste da Colômbia, leste do Peru e leste da Bolívia.
Marabá já foi uma das cidades mais importantes na produção de castanha na década de 70, menos de 10 anos depois essa produção começou a ser ameaçada por conta da devastação da Amazônia, os castanhais aos poucos davam lugar às grandes fazendas de gado. Em 1980 a produção anual era de cerca de 40.000 toneladas por ano somente no Brasil, e em 1970 o país registrou uma colheita de 104.487 toneladas de castanhas-do-pará. Atualmente, cerca de 20.000 toneladas de castanhas-do-pará são colhidas a cada ano, da qual a Bolívia responde por 50%, o Brasil por 40% e o Peru por 10% (estimativas do ano 2000).
Janeiro e Fevereiro são os meses em que a colheita da castanha acontece, há três décadas, marabá fervilhava, os castanhais era a principal fonte de renda, mas, o “progresso” não conseguiu seguir lada a lado com o desenvolvimento sustentável, hoje a atividade praticamente não existe. O problema não está na substituição de uma atividade econômica, a questão é preservar o que a natureza nos deu de presente. No Brasil, hoje, existem leis para proteger a castanheira, contudo, não está alcançando seu objetivo, se a destruição dessa árvore continuar no ritmo que está, em pouco tempo só será possível ver a árvore e o seu fruto pelos registros históricos.
Ambientalista César Peres em trabalho de campo |
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