quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Palmito: o consumo irresponsável e a exploração ilegal e predatória tornaram as palmáceas, em especial a jussara ou açai, espécie ameaçada de extinção

O Palmito é um alimento extraído do broto de palmáceas. Na Mata Atlântica,e na floresta amazônica as palmeiras das quais se extrai o palmito desempenham um papel essencial para a manutenção do ecossistema. A mais famosa delas é a jussara ou açai (Euterpe edulis), devido à sua qualidade superior,  ainda é intensamente explorada de forma ilegal e predatória desde o estado do  Pará ate o Amazônas  e está ameaçada de extinção.
A floresta Amazônica era bastante rica nessa espécie. Entretanto, com a degradação desta floresta nas últimas décadas, tivemos uma escassez bastante grande de palmito. A partir dos anos 70, as leis ambientais, tornaram a exploração desta espécie restrita a um manejo florestal.
 
A palmeira jussara ou açaí  é uma das espécies-chave para o funcionamento do ecossistema. Muito mais abundantes durante o ano e também muito mais saborosos e ricos em nutrientes do que os de outras espécies, os frutos e sementes  são importantes para a sobrevivência de várias espécies de aves, roedores e até de macacos.
Esses animais, por sua vez, participam da dispersão das sementes de várias espécies de plantas e árvores por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras jussara ou açaí afeta em vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da floresta Amazônica.
 
Intensamente derrubadas a partir do século 20 para delas ser aproveitado somente um vigésimo de sua imponente estrutura. Hoje, a grande floresta que se estendia ao sul e sudeste do Pará tem menos de 8% da área que tinha nas décadas de 70. A devastação do palmito acarretará o final das últimas áreas de reserva ambiental da região sul do Pará e suldeste, com conseqüências desastrosas para o meio ambiente.

A exploração predatória desse produto também traz graves riscos à saúde do consumidor e, além disso, é uma atividade criminosa, que já causou mortes de palmiteiros e de motorista por conta das pessimas condições das estradas. Hoje, bandos armados invadem reservas florestais, roubam palmito e o embalam sem cuidados de higiene, ameaçam de morte familiares dos agricultores, impõem um código de silêncio às comunidades locais e resolvem conflitos com muita violência.
 
Para evitar serem surpreendidos pela polícia ou pela fiscalização com as longas hastes recém-cortadas, os palmiteiros processam o palmito na própria floresta. O produto é colocado em uma solução de água de córregos – muitas vezes contaminada por processos naturais, com apodrecimento de folhas – com sal e conservantes. Depois, ele é fervido em latões, na maioria das vezes enferrujados, colocado em vidros, que podem, na própria floresta, receber rótulos obtidos ilegalmente. O risco para o consumidor é o de contrair graves infecções, como o botulismo.


O IBAMA, com a ajuda do Batalhão Florestal da Polícia Militar do Estado do pará, vem combatendo este tipo de crime, e foram apreendidas toneladas de palmito juçara, e fechadas indústrias clandestinas em meio a floresta.

os assentamentos estão sedo visitados por estes esploradores, não temdo outra fonte de renda asfamilias  ficam amerce destes  contrabandistas, que pagam a bacatela de 0,20 centavos por arvore. retiram tudo, arvores adultas e até as mais jovens deixando um rastro de destruição inreparavel na floresta, durante a dia trabalham na extração do palmito, a noite são caçadores implacaveis.

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