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César Peres
O controle biológico utiliza um tipo de fungo.
Boa notícia para quem produz cacau. Um novo método para combater a doença conhecida como "vassoura de bruxa" foi desenvolvida pelos pesquisadores da Ceplac, no sul da Bahia. É um controle biológico que utiliza um tipo de fungo. Desde a década de 80 quando a vassoura de bruxa se instalou no país, a Ceplac, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira no sul da Bahia, realiza diversas pesquisas para combater a doença nas plantações de cacau. A aposta do momento está sendo um fungicida. O produto tem como base o fungo trichoderma stromaticum, que acaba com o fungo causador da vassoura de bruxa popularmente conhecido.
Para ajudar na multiplicação do fungo antagônico à doença, os pesquisadores utilizaram o arroz como substrato. O produto passa por vários processos em laboratório até ficar com aparência de mofo. O fungicida é usado apenas em experimentos. Foram oito anos de estudos que resultaram na elaboração de um dossiê para o registro do produto.
O resultado é lento, mas eficaz. Durante dois anos, a equipe conseguiu constatar, numa área em Uruçuca, que a aplicação nas vassouras de bruxa deixadas sobre as folhagens reduziu a produção em torno de 90%. Isso é importante porque diminui a disseminação da doença em toda a lavoura.
O engenheiro agrônomo João de Cássia do Bomfim, que está coordenando as pesquisas, espera que o produto esteja ao alcance dos produtores o mais rápido possível.
O Ibama já concluiu o parecer do biofungicida, mas ainda faltam as análises do Ministério da Agricultura e da Anvisa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária diz que pediu mais informações para a Ceplac. O Ministério da Agricultura afirma que não há prazo para concluir o processo.
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