“Pouca gente se preocupa com plantas e o verde de Belém está sumindo gradativamente”, é o que diz o professor da Faculdade de Biologia, Marco Antônio Menezes Neto, responsável por um projeto da Universidade Federal do Pará (UFPA) que reintroduz orquídeas em parques ambientais da Região Metropolitana de Belém. Para preservar as espécies de orquídeas, o professor e alguns bolsistas do projeto fizeram a reintrodução de espécimes no Bioparque Amazônia Crocodilo Safári ZOO, no bairro do Tenoné, na capital paraense.
Desta vez, duas espécies de orquídeas foram reintroduzidas no Parque, a Catlleya Violacea e a Catlleya Eldorado. Segundo o professor, o inverno é a melhor época do ano para fazer esse tipo de trabalho, pois o calor do verão pode secar e matar as plantas.
O biólogo explica que a reintrodução das orquídeas ajuda, também, na variabilidade genética dos espécimes. “É bom quando as plantas têm variabilidade genética, pois, por exemplo, se uma doença ataca uma planta, outras, com genética diferente, podem sobreviver a essas doenças.”
Reprodução - As orquídeas são reproduzidas in vitro, no Laboratório de Biotecnologia do Núcleo de Meio Ambiente (Numa) da UFPA e, quando atingem a idade necessária, são levadas para a reintrodução. As plantas, então, são amarradas em galhos de árvores e, com o tempo, adaptam-se ao ambiente, e o fio que as amarra é cortado ou apodrece naturalmente. “É um processo muito simples”, afirma o professor.
A primeira reintrodução aconteceu em nove de junho de 2010, no Bosque Rodrigues Alves, com sete espécies de orquídeas. Na época, alunos do 3º ano do ensino médio das Escolas Estaduais Dom Pedro II e Albanízia de Oliveira Lima, localizadas no entorno do Bosque, participaram da reintrodução das plantas.
Texto: Dilermando Gadelha – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes
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