O açaí, tradicional na mesa das pessoas em todos os cantos do Pará, continua subindo de preço, mesmo que o estado seja responsável por cerca de 90% da produção do fruto (em caroço), com 500 mil toneladas em 2010. A exportação e a entressafra do produto, com o conseqüente desabastecimento do mercado interno, seriam os fatores que levaram o açaí a abrir 2011 já com 3,75% de aumento em relação a dezembro, sendo comercializado no mês de janeiro, em média a R$ 8,57, o litro.
Segundo pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Pará, o açaí já vinha em escalada de preços. No caso do açaí tipo médio, o mais consumido, a variação nos últimos doze meses foi de 11,88%. Bem acima do índice da inflação no período, em torno de 6%.
A pesquisa, realizada em feiras livres, supermercados e pontos de venda também constatou que os preços do litro de açaí variam muito de um lugar para o outro. Em janeiro deste ano, nas feiras livres, o menor preço encontrado foi de R$ 6 e o maior, R$ 10. Já nos supermercados, o menor preço foi de R$ 9,90 e o maior, de R$ 10,90.
Segundo Marivaldo Ferreira, presidente da Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém-Avabel, a entressafra do fruto é a grande responsável pela alta nos preços: “É normal o aumento nessa época e irá aumentar ainda mais.” Ele calcula que o preço do açaí, em março e abril, deve estar em média, tipo a R$ 10, o tipo b; R$ 15, o tipo c R$ 18, o chamado grosso. “A chuva derruba o açaí maduro, a produção vai diminuindo e a oferta também. Se os produtores fizessem manejo, recebessem incentivos, poderiam produzir mais. Mas o que acaba acontecendo é que fica difícil para o produtor vir a Belém vender uma quantidade pequena, então ele opta por vender a atravessadores, 50% mais barato do que compraríamos.” (Diário do Pará)
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