A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realiza pesquisas de Botânica e Ecologia que visam à recuperação de áreas degradadas da caatinga e da bacia-hidrográfica do mais importante rio da Região Nordeste. Inaugurada há seis anos, a Univasf tem 21 cursos, distribuídos em quatro campi, dois deles em Petrolina, cidade pernambucana que fica a 700 quilômetros da capital, Recife.
Os professores e pesquisadores do Centro de Referência para a Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (Crad/Univasf) realizam trabalho de mapeamento das matas ciliares do Rio São Francisco. Em campo, os alunos coletam espécies e sementes, anotam as coordenadas geográficas do achado e as características de cada planta. Segundo o professor José Alves de Siqueira, diretor do Crad, o objetivo é conhecer a vegetação original. A degradação ambiental fez diminuir o número de espécies e sua incidência. “Buscamos conhecer melhor este bioma para a
produção de mudas que abastecerão os projetos de recuperação”, explica.
Após o trabalho em campo, os estudantes voltam para o laboratório, onde os registros são armazenados em um banco de dados e as mudas são catalogadas, identificadas e arquivadas de acordo com normas internacionais. A produção de mudas acontece em viveiros específicos. Nestes locais, são testadas técnicas de cultivo e de germinação. Uma delas, por exemplo, utiliza pó da casca do coco verde como substrato. Também são desenvolvidas novas técnicas de irrigação. “Buscamos gerar tecnologia que depois será repassada às comunidades e aos agricultores, que multiplicarão o processo de recuperação”, afirma o coordenador do projeto, o professor Elizer Santo Urbano Gervázio. O objetivo final é melhorar a qualidade de vida das pessoas que dependem do Rio São Francisco
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