O leão Ariel, criado em cativeiro no Paraná, vai passar por um novo tratamento inédito para tentar voltar a andar. O caso dele chamou a atenção de internautas de todo o país, que iniciaram uma campanha para tentar ajudar o animal a ser recuperar. Ele perdeu o movimento das quatro patas devido a uma doença degenerativa ainda desconhecida.
De acordo com uma das criadoras do leão, Raquel Ferreira Borges da Silva, Ariel vai ser submetido a um procedimento chamado plasmaférese –ele permite a troca de células sanguíneas que estejam prejudicando a imunidade do animal. "A técnica nunca foi testada num leão, somente em humanos", disse Raquel.
O tratamento será custeado por uma pessoa que viu reportagens sobre o leão e entrou em contato com a criadora de Ariel, que segue em terapia em São Paulo. O procedimento ainda prevê a implantação de células-tronco para regenerar os movimentos das quatro patas. De acordo com Raquel, a expectativa é iniciar o novo tratamento a partir da semana que vem.
Em uma semana, internautas quintuplicaram o número de membros da comunidade oficial sobre o leão no site de relacionamentos Facebook. O espaço foi criado para ajudar a custear o tratamento do animal. A página batizada de "Ajuda ao Leão Ariel", que tinha cerca de 7.000 membros até o começo da semana passada, registrava até esta terça-feira (12) pelo menos 33 mil admiradores, após reportagem publicada pelo UOL Notícias.
"Essas pessoas estão me mantendo forte e fazendo com que as coisas aconteçam. Eu não esperava tanto”, disse Raquel.
Até a semana passada, graças ao espaço virtual, foi possível custear cerca de R$ 30 mil em exames e compra de medicamentos. Uma fã do leão nos Estados Unidos custeou a vinda de uma equipe médica veterinária de Israel para examiná-lo. Segundo Raquel, muitas pessoas entraram em contato para fornecer material veterinário usado no tratamento.
Ariel nasceu em 2008 em Maringá, no noroeste do Paraná, filho de um casal de leões comprados pelos donos de um canil e centro de adestramento de animais localizado na cidade. O canil tem licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para abrigar o leão.
Em julho do ano passado, ele começou a perder os movimentos das patas e, desde então, exames têm sido feitos para detectar a doença. As primeiras dificuldades de locomoção começaram a ser sentidas após Ariel saltar para apanhar bexigas.
Ainda não se sabe o que causou o problema. "Não tem nada na literatura mundial sobre o que está acontecendo com o Ariel", disse o marido de Rachel, Ary Marcos Borges da Silva.
Hoje, Ariel passa a maior parte do tempo deitado, sem conseguir andar, e precisa do auxílio dos criadores e veterinários para prosseguir com os tratamentos de fisioterapia. Ele está em São Paulo, numa clínica para animais, fazendo nesta semana novos exames.
Dimitri do Valle
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