Desde 2005, felino vive em zoológico desativado em Ivinhema.
Animal entrou em depressão após morte de companheira, no ano passado.
Animal entrou em depressão após morte de companheira, no ano passado.
O leão Simba, que há seis anos vive em um zoológico desativado em Ivinhema, a 297 quilômetros de Campo Grande, pode ganhar um novo lar em São Paulo. Uma organização não-governamental entrou em contato esta semana com a prefeitura da cidade para oferecer habitat adequado em um rancho em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.
O caso do felino ganhou repercussão em uma rede social na Internet, onde uma comunidade formada por mais de mil seguidores se mobilizou para encontrar um novo lar para Simba. A psicóloga paulista Fátima Nogueira, organizadora da comunidade, conta que o grupo tenta angariar recursos para fazer o traslado do felino. "A gente envelopa a jaula com o nome da pessoa que doou. Se não conseguir patrocínio a gente vai tentar que cada um vá contribuindo até conseguir o valor", diz.
A administradora do Rancho dos Gnomos, Sílvia Pompeu, disse ao G1 que há um recinto para felinos que ficou vago após a morte de uma tigresa. No local vivem 14 leões. Segundo ela, a entidade não tem condições de arcar sozinha com as despesas da transferência, e a ação depende de incentivos. "Precisamos de parceiros para ajudar a pagar as despesas do envio de veterinário, biólogo e um caminhão-guincho com motorista até o local. Além disso, um novo animal no rancho é uma boca a mais, precisa de comida, tratamento, medicamentos. Boa vontade sozinha não funciona", conta.
Simba, que segundo os tratadores está depressivo desde o ano passado, quando perdeu sua companheira, é um dos remanescentes do zoológico da cidade que foi fechado por falta de condições de funcionamento. A coordenadora de fauna do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Paula Mochel, explica que a remoção de Simba depende de aval do órgão, que atesta as condições sanitárias do local de destino e emite uma guia de transferência.
Animal ficou solitário após morte de companheira
em 2010. (Foto: Divulgação/Ivinotícias)
em 2010. (Foto: Divulgação/Ivinotícias)
O diretor da Fundação de Meio Ambiente de Ivinhema, Paulo César Tamanini, disse que na última semana a prefeitura recebeu vários contatos com sugestões de locais de destinação ao leão, mas aguarda um posicionamento do instituto. "Quem libera é o Ibama. Algumas pessoas estão tentando remover o animal, mas nada concreto", afirma.
Sílvia espera que o poder público demonstre boa vontade em auxiliar na liberação de Simba. "O Ibama cuida da parte burocrática. Como o animal está sob os cuidados da prefeitura, o município está tendo despesas. É preciso que haja interesse em resolver a questão", afirma.
Hélder Rafael e Ricardo Campos Jr. Do G1 MS
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