terça-feira, 13 de setembro de 2011

Hortas ensinam educação ambiental nas escolas

As hortas estão cada vez mais em alta. Mas, além de produzir alimentos e ervas fitoterápicas, as hortas tem agregado outros valores, como o decorativo e como instrumento de educação ambiental para jovens e crianças.
Temas como alimentação, nutrição, ecologia e cuidados com o meio ambiente são propícios de serem discutidos no trato com a terra e com as plantas, o que gera, segundo educadores, situações de aprendizagem reais e diversificadas. Nessas ocasiões os alunos podem e devem decidir, opinar e debater. Cuidar das plantas e acompanhar seu crescimento é uma experiência interessante para crianças.
O contato com as hortas traz benefícios a curto, médio e longo prazo, como: produção e o consumo de alimentos naturais pelas crianças, atividade de culinária nas escolas, troca de conhecimentos e saberes, aprendizado sobre economia doméstica, convívio corporativo entre os atores sociais envolvidos e interferência nas escolhas alimentares através de experiências vivenciadas. Algumas hortas já fazem sucesso nas escolas, vejamos alguns projetos existentes.
Horta Fitoterápica
O Projeto Biblioteca Cidadã desenvolvido pela Prefeitura de Guarujá, SP, construiu na Biblioteca Municipal Geraldo Ferraz o projeto da Horta Fitoterápica. Crianças de todas as escolas do município visitam a horta.
O responsável pelo projeto, professor Pedro Menezes do Nascimento, ressaltou a importância da iniciativa. "Além de aprender sobre a importância do trabalho, as crianças aprendem a cuidar das plantas", explicou.
Horta Viva
O Horta Viva (ES) utiliza como referência a metodologia Horta Viva de Educação Ambiental, e realiza o Projeto Horta Educativa nas Escolas, a fim de implantar hortas educativas nas escolas como instrumento de educação ambiental.
A proposta é que através do contato com a horta, a natureza seja compreendida como um todo, onde o ser humano é parte integrante e agente das transformações do mundo em que vive. Desta maneira, provoca-se também na comunidade reações críticas em relação a postura diante do meio ambiente.
Cinco ou seis escolas são escolhidas anualmente e participam do projeto durante dois anos. O projeto se divide em duas fases: fase de implantação (primeiro ano) e fase de consolidação (segundo ano).
Diversas ações são desenvolvidas neste período: reuniões com gestores de escolas, apresentação do projeto, visitas de acompanhamento, cursos de capacitação, seminários de aprofundamento e troca de experiência, feiras ecológicas, além da entrega de todo o material necessário para a construção da horta na escola.
O pedagogo Daniel Vicente Cassemiro, da E.M.E.F. Antônio Coutinho Oliveira, em Cariacia, ES, afirma que a interação com a comunidade é importante no projeto."O envolvimento da escola com a comunidade também foi muito importante. A comunidade passou a participar mais do dia-a-dia de seus filhos e aprendendo sobre a importância da horta" , afirmou.
Para participar, as escolas precisam pertencer ao grupo de escolas parceiras ao Programa de Comunicação Ambiental CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) Escolas e apresentar seu desejo de participar do projeto através de uma carta de solicitação à coordenação do programa.
Por Catharina Apolinário

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